VEJAM BEM

domingo, 21 de outubro de 2007

BEATRIZ MARQUES PINHEIRO


O Padre Pinho era « mestre de grandes almas », como dele declarou Jesus, e a poveira Beatriz terá sido uma das primeiras colheitas da sua seara. O que sobre ela escreveu lembra às vezes a Alexandrina. Ouçamos a introdução à notícia biográfica em três páginas A4 que ela lhe mereceu no quinto número da Cruzada Eucarística, em Maio de 1930. Ele intitulou o artigo de «Flor colhida na primavera» e assinou-o com as iniciais M. P., como em muitos casos fazia.
« A Beatriz morreu… Lá foi no seu caixãozinho branco para o cemitério, vestida de Cruzada Eucarística…
Mas não, não morreu. Os Anjos não morrem; manda-os Deus à terra a derramar gotas de bálsamo sobre as feridas dos que padecemos por nossos pecados: envia-no-los para que nos apontem, de fronte erguida e olhar límpido como as estrelas, o roteiro da Eternidade: e, depois de terminada a sua missão, vão-se, não morrem: voam para o Céu.
A Beatriz era um anjo, não morreu; cumpriu a sua missão e voou para o Céu. Foi-se com o abrir dos lilases para a pátria que lhe pertencia, para a pátria dos inocentes.
Tinha razão quando há um ano, no retiro espiritual, escrevia, em seu caderninho de notas íntimas, que « esperava que a sua cruz neste mundo não havia de demorar muito ». Não durou muito: foi-se aos quinze anos e meio, a 3 de Abril de 1930.
« Levai-me deste mundo para fora, que só arrasta as almas para o pecado», dizia ela no mesmo caderninho. E Nosso Senhor fez-lhe a vontade: levou-a antes que o mundo viesse empanar a limpidez da sua inocência. Era zeladora da Cruzada das Crianças: o Coração Santíssimo de Jesus veio buscá-la na véspera da primeira sexta-feira de Abril: queria lá neste dia entre os coros dos Anjos a sua Zeladora, a sua organista ― era ela a organista da Igreja do Coração de Jesus da Póvoa de Varzim; desta vez já não tocará na primeira sexta-feira: foi cantar no Céu os louvores eternos do Coração do Rei Divino, do seu Divino Esposo, como ela mais de uma vez chama a Jesus em seus apontamentos espirituais.
Beatriz era irmã do meu avô materno. Minha tia avó... descanse em paz

1 comentário:

Anónimo disse...

Olá Meu Amigo

À quanto tempo não estamos juntos, as vidas rolaram para partes diferentes, e tão perto e tão longe, mas como dizia o poeta " o longe faz-se perto e o perto faz a hora",será que já descobriste quem sou...
Talvez não, mas fui teu companheiro, confidente e amigo.
Passamos a adolescência juntos vivemos Aventuras ímpares.
gostava de poder entrar em contacto com o meu Amigo mais que não fosse via net. Penso que será uma boa maneira de o longe fazer-se perto.
um Abraço JCARLOS
JCKIKA@gmail.com