Talha o mal no cortiço estafado
Planta o cancro malfadado
Que come a carne e os ossos à gente
Em devassa relação.
Meu Deus, maldade a tua
Enquanto a moléstia actua
Nós de joelhos no chão
Te pedimos por favor
Que em prol do divino amor
Nos guardes da morte breve.
Sei que por breves momentos
Os doutos conhecimentos
Do curandeiro falaram,
Mas que mão nos livrará
Senão a vossa, o maná
Que minha alma anseia?
dsfadsfadsf
Minha mão te ampara e indica
O remédio da botica,
Água fresca nas ideias
Lava os pés, muda de meias.
Que povo de ideias grotescas
Me dá ouro e flores frescas
Para curar a sarnice?
Só tu português ingrato
Comes e cospes no prato
De quem aprendeu a curar.
Que o médico te dê placebos
Uma mão e mais uns quantos,
E tu agradeces os medos
A esses bonecos de pau
A quem costumais chamar santos.
4 comentários:
Excelente poema, António. Parabéns.
Excelente poema, António. Parabéns.
Excelente poema, António. Parabéns.
Excelente poema, António. Parabéns.
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