VEJAM BEM

terça-feira, 10 de agosto de 2010

TRATANTE

Chegou de gravata cara

E fato de fino tramado,

Com a chusma em sua ilharga,

Fuças brancas, bem rapadas

Ou de felpa adornadas.

Chegou de narigão alçado

Esse tratante descortês

Que armado em reles maltês

Corta rente e deixa mágoa

Neste povo português.

Chegou

O filho de meretriz,

Julgando que o seu nariz

Reinará para todo o sempre.

Falseia, saqueia e ri

Mais os compinchas da equipagem,

Quais governantes quinhentistas

Meirinhos farsistas

Armados de corruptela.

Pagará cada grama, cada quilo

Do furto pérfido e sinistro

Esse primeiro-ministro

Há-de morrer como um grilo.

Dejecto de gente rançosa

Tanto deve à inteligência,

Que com altíssima demência

E perícia de domingueiro,

Com seu édito da indigna impostura

Apresenta-se engenheiro.

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