Chegou de gravata cara
E fato de fino tramado,
Com a chusma em sua ilharga,
Fuças brancas, bem rapadas
Ou de felpa adornadas.
Chegou de narigão alçado
Esse tratante descortês
Que armado em reles maltês
Corta rente e deixa mágoa
Neste povo português.
Chegou
O filho de meretriz,
Julgando que o seu nariz
Reinará para todo o sempre.
Falseia, saqueia e ri
Mais os compinchas da equipagem,
Quais governantes quinhentistas
Meirinhos farsistas
Armados de corruptela.
Pagará cada grama, cada quilo
Do furto pérfido e sinistro
Esse primeiro-ministro
Há-de morrer como um grilo.
Dejecto de gente rançosa
Tanto deve à inteligência,
Que com altíssima demência
E perícia de domingueiro,
Com seu édito da indigna impostura
Apresenta-se engenheiro.
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